Evento reuniu 2,5 mil advogadas de todas as seccionais do país

Realizada entre os dias 28 e 29 de novembro, a II Conferência Nacional da Mulher Advogada realizada em Belo Horizonte (MG), contou com a presença do presidente Marcos Vinícius Jardim Rodrigues, vice-presidente Marina Belandi, tesoureira Claudia Sabino e presidente da Comissão da Mulher Advogada, Socorro Rodrigues da Seccional Acre.
Com o tema “Democracia e Gênero”, o evento promovido pelo o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil teve o intuito de levantar as principais bandeiras do universo feminino frente aos desafios da advocacia contemporânea.
De acordo com a vice-presidente da Seccional Acre, Marina Belandi, a II Conferência Nacional da Mulher Advogada contribuiu ainda mais para o fortalecimento das mulheres. “Apesar das conquistas alcançadas e do reconhecimento que é dado ao papel da mulher na sociedade, a presença feminina no mercado de trabalho, na política e nos espaços de poder é muito pequena. Nesse sentido, é necessário desenvolver a igualdade de gêneros em especial nos ambientes onde a mulher é minoria”, disse.
Para o presidente da OAB/AC, Marcos Vinícius Jardim Rodrigues, a conferência é um exercício de cidadania. “Para a Seccional Acre, o evento contribuiu para a renovação de desígnios e energia no intuito de avançar rumo a uma sociedade mais humanitária e mais justa. A Conferência Nacional foi um evento de afirmações de direito, de combate ao preconceito, à desigualdade e a toda forma de desmerecimento da mulher brasileira e da mulher advogada”, enfatiza.
A II Conferência Nacional da Mulher Advogada contou com a participação de 2,5 mil advogadas de todas as seccionais do Brasil. Palestras e discussões com temas como a participação da Mulher na Política, os aspectos do Código Civil e a mulher, e a violência doméstica como é tratada na mídia, entre outros foram abordados no evento.
Segundo a presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB/AC, Socorro Rodrigues, vale pontuar que o evento aconteceu na semana em que a Lei 13363/2016 foi sancionada, que alterou o Código de Processo Civil reconhecendo às prerrogativas da mulher advogada, como também, a preferência das gestantes e lactantes na sustentação oral, suspensão de prazo às grávidas que não possuem outro advogado habilitado nos autos e a licença paternidade.
No último dia, 29 de novembro, um dos painéis abordados na Conferência levantou o debate sobre as formas de inovações e as ferramentas de gestão aplicáveis à advocacia. Durante o evento, houve também a assinatura da Carta de Belo Horizonte. No documento, os profissionais pleiteiam apoio e providências ao Conselho Federal para a concretização dos termos deliberados e consolidados na Carta.