A Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Acre (OAB/AC) e o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase no Acre (Morhan-AC) renovarão convênio que beneficiará hansenianos em todo o estado. Em reunião na última sexta-feira, 1, o presidente da Ordem, Erick Venâncio, e o coordenador do Morhan, Élson Dias, dialogaram sobre a volta da parceria.
Além de esclarecer aos portadores da doença quais direitos possuem e como eles devem chegar até os órgãos públicos, a entidade que representa os advogados também oferecerá assistência jurídica gratuita aos portadores de hanseníase nas 22 cidades acreanas. O objetivo é fazer com que as pessoas tenham acesso mais rápido e fácil nas instituições para usufruir dos direitos legais.
Também estiveram presentes na reunião os presidentes das associações de moradores dos bairros Albert Sampaio e Santa Cecília. As localidades são as que concentram o maior número de pessoas atingidas pela Hanseníase. O presidente da Seccional acreana lembrou que as instituições tinham um Termo de Cooperação na gestão do ex-presidente Florindo Poersch.
“Essa visita do Morhan à OAB é a retomada de uma relação que nós tivemos na época em que o ex-presidente Florindo Poersch conduziu tão bem a Ordem. Com isso, tentaremos auxiliar as pessoas portadoras de Hanseníase que encontram uma série de dificuldades no seu dia a dia. Dentro do foco de atuação, prestaremos assistência jurídica para quem precisar”, disse Venâncio.
Coordenador nacional do Morhan no Acre, Élson Dias destacou que foi apresentado ao presidente da Ordem o histórico das pessoas atingidas pela hanseníase que sofreram isolamento compulsórios pelas instituições de saúde em colônias ou leprosários. A política adotada entre as décadas de 50 e 80 no país separou muitas pessoas de suas famílias devido ao preconceito.
“Atualmente, o governo federal paga uma pensão para essas pessoas que foram isoladas. Mas há um grupo de pessoas que não foram para os antigos leprosários no estado. Eles sofreram segregação do Estado de uma outra forma e a lei que garante essas pensões beneficia somente quem esteve nas colônias. Buscamos apoio da OAB para solucionar essa questão”, declarou Dias.